Segundo a Organização
Mundial da Saúde, mais de 800 mil pessoas morrem anualmente por suicídio. Os
dados representam 1 morte a cada 40 segundos. Para combater esses índices
alarmantes, no Brasil, em 2015, foi lançada a campanha Setembro Amarelo com iniciativa
da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina
(CFM), com apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV). No entanto, a conhecida campanha surgiu por
inspiração de uma história real que chamou a atenção de todo o mundo.
A história aconteceu em Westminster, no Colorado. O protagonista dessa
história é Mike Emme, um jovem de 17 anos conhecido pela família e pelos amigos
como “Mustang Mike”. Ele recebeu esse apelido porque havia comprado um Ford
Mustang, fabricado em 67, antes mesmo de ter idade de dirigir. O jovem tinha um sonho de restaurar o veículo a tempo para usar como seu primeiro carro. Assim, com
o tempo, Mike se especializou e conseguiu cumprir seu desafio. Ele fez a
restauração do Mustang por conta própria. Na hora da pintura, optou por um
amarelo brilhante. Hoje a cor é um dos símbolos da campanha de prevenção
ao suicídio.
Mike era descrito pelos pais,
Dale e Darlene Emme, como um jovem de bom coração, bem-humorado e generoso. Só
que o tempo de sua vida foi abreviado. O jovem estava em
profundo desespero e não sabia como pedir ajuda. No dia 8 de setembro de 1994, os
pais encontraram o Mike sem vida. Mike havia dado um tiro em si mesmo. O casal encontrou um bilhete ao lado corpo do filho. “Mãe,
Pai, não se culpem. Eu amo vocês.”, dizia o bilhete assinado às 23h45. Os pais de Mike Emme chegaram a casa às 23h52, sete minutos depois.
Depois da triste notícia, a família
de Mike recebeu apoio imediato dos amigos e conhecidos que chegaram para
confortar e mostrar o quanto ele era querido. Ali, foram descobrindo
histórias de pessoas que testemunhavam o
quanto ele havia ajudado. Conversando com os jovens, o casal teve a ideia de criar uma espécie de “lembrança” do filho a qual pudesse ajudar
outros jovens. Assim surgiram as fitas amarelas, numa clara referência ao Mustang amarelo brilhante restaurado por Mike. A ideia era colocar cada uma dessas fitas presas a um cartão com uma mensagem simples como: “Se
você precisar, peça ajuda”. Foram confeccionados em disponibilizados 500 cartões no velório. Semanas depois, o inesperado. Os cartões se espalham e chegam em lugares inimaginaveis. Darlene e Dale receberam ligações, cartas e e-mails de pessoas que
haviam recebido o cartão de alguém.
Assim, surgiu a Yellow Ribbon. Um
programa de prevenção ao suicídio baseado nos cartões e nas fitas amarelas. Os
cartões são destinados aos jovens e adolescentes que planejam cometer suicídio. A organização ajudou mais de 114 mil pessoas, com a distribuição de mais de 19 milhões de
cartões em quase 25 anos. Desde 2015, inspirada pela história de Mike Emme, a Associação Internacional Para a
Prevenção do Suicídio (IASP) instituiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, para divulgar a
causa no mundo.
Que incrível! Não conhecia essa história tão importante para um movimento essencial.
ResponderExcluirRealmente é uma história incrível. O bacana é que mesmo com a dor, construíram um lindo projeto.
ExcluirMuito importante abordar esse assunto sem tabus, muita gente em depressão com tendências ao suicídio desconhece redes de amparo, como o Centro de Valorização da Vida, é muito importante divulgar-mos esse tipo de iniciativa e o setembro amarelo pode ajudar nessa divulgação.
ResponderExcluirPrecisamos mostrar a essas pessoas que elas não estão sozinhas. Só pelo fato de estar ao lado delas já faz bem.
Excluirmuito bom !!
ResponderExcluirRealmente é uma história muito bacana. Um abraço!
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